sábado, 5 de outubro de 2013

Um anjo que voltou para o céu

Fagner Pablo Sá
Fagner, o carinho e amor continuarão intactos. 



Toda vez que um amigo muito querido vai embora, viaja para muito longe e temos a certeza que vamos demorar a reencontrá-lo, uma tristeza enorme cobre nosso coração. Ficamos chorando, pensando na saudade que vamos ter por não estar por perto.

Depois, analisamos que essa viagem é boa, que será coberta de paz e logo vamos revê-lo. A tristeza ameniza e fica mais fácil sorrir e recordar de todos os momentos bons que tivemos.

É assim que estou tratando sua partida, Fagneto. Sei que viajou para muito longe, mas tenho certeza que vamos nos reencontrar. A saudade é infinita e até um pouco dolorosa, porém, é com esse sentimento que eu percebo o quanto foste/é importante para mim. 

Guardo na memória seu sorriso, seu rosto, seus olhos. Lembro-me de todas às vezes que nos encontramos e o quanto tu me fizeste rir, contando várias histórias de amigos, familiares e até de doidices que fizemos juntos, como no dia que derrubamos a porta da casa da tua avó e ela foi parar em cima da tua tia, que estava deitada no sofá. Tudo isso por causa de uma manobra mal feita naquela Biz (Kkkk, quase matamos a Albina). 

Agradeço muito a Deus por ter me dado à oportunidade de me despedir de você. Passamos um sábado maravilhoso, comemos igualmente a dois condenados e depois ficamos conversando por horas, contando histórias de várias pessoas e rindo, rindo como só você sabia me fazer rir. Agradeço também por estar por perto quando passou por esse momento ruim, que fez você ir embora. Que benção é poder ter um amigo que está contigo nos bons e nos maus momentos, e isso sempre pude contar contigo. Não tinha outra pessoa para cuidar tão bem de mim quanto você.

Fagner, você foi meu primeiro namorado e continuou sendo meu amigo por quase dez anos, mas sei que essa amizade, esse amor, não terminará por aqui. Sempre fico rindo quando vejo aqueles molequinhos namorando no sol quente, depois da escola, e lembro muito da gente. Dos nossos namoros nas pracinhas do conjunto da Marambaia. Das voltas de patins e de bicicleta. Sempre tive muito orgulho de você, por ser trabalhador, bom filho e bom irmão. Desculpa por tudo. Obrigada por sempre ser amoroso, carinhoso, amigo, irmão, um ombro que eu podia chorar e que me acalmava e protegia. 

Gosto muito da sua família, das suas irmãs, da sua mãe e conheci seu pai recentemente. Na verdade, conheci boa parte das pessoas que você contava as histórias quando fui me despedir de você, em Paragominas/PA. Às vezes dava vontade de chorar, às vezes dava vontade de gargalhar porque eu reconhecia em um familiar as imitações que tu fazias quando estava comigo. E eu ficava imaginando “Égua, ele imitava igualzinho”, e continha meu riso.

Percebi Fagner o quanto você foi amado e querido. Muitas pessoas o visitaram tanto em Macapá, quanto em Belém e Paragominas. Eu sempre soube que você tinha muitos amigos, mas percebi a dimensão neste dia. A minha família também tem um carinho muito grande por ti, principalmente a minha mãe e a minha prima Tâmara. Estamos todos com saudades.

Sabe, vai ser difícil querer conversar contigo e saber que não vamos conversar pessoalmente. Você me acostumou muito mal. Agora não escutarei “Carolayne” e nem “Nega” com frequência, quem vai me chamar assim? Com quem eu vou cometer o pecado da gula sem culpa, heim? Só lembro você dizendo: “Quando eu vejo muita fartura eu só lembro da Carol e da Fabiane.” Com que eu vou desabafar? Ai, que saudade.

Encontrei essa foto nossa quando fomos passar o ano novo (2008 para 2009) em Pirabas, e passamos o primeiro dia de 2009 em Salinas. Lembro também que estavas presente quando passei pela primeira vez no vestibular, e quando comentamos que já estávamos nervosos por o meu nome ter demorado a sair (Risos). Algumas festas de natal, muitos aniversários, e muito açaí com galeto fizeram parte da nossa vida. Vou guardar as boas lembranças e histórias bem protegidas no meu coração. 

Te amo muito, viu? Saudades.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Tão bom ter um lugar para retornar



Há dez meses abandonei esse espaço, quer dizer, o deixei guardado até minhas emoções ficarem mais exaltadas.  Estou retornando agora e quero ficar, permanecer, cultivar esse blog que traz um pouco da minha história. Da minha alegria, tristeza, conquistas e derrotas.

Desde 2011 faço pequenos relatos aqui. Algo que iniciou com o incentivo de amigos e de um coração apaixonado. Algumas amizades não existem mais, perderam-se com o tempo e as circunstâncias. E aquele coração apaixonado... Ah, traga-o de volta, por favor!

Nesses três anos de blog muitas coisas aconteceram. Muitas paixões envolveram-me e várias experiências foram adquiridas, pessoais e profissionais. Algumas situações foram bastante dolorosas, mas creio que Deus dá somente a dor que podemos aguentar. Tiveram momentos felizes, estonteantes, e tanta coisa ainda está por vir. Quero está aqui para contar.

Posso dizer que estou mais madura e um pouco descrente. Madura porque a vida me deu algumas pancadas e agora já sei me defender. Descrente devido à maldade que nos cerca, e a qualquer instante podemos ser atingidos. Porém, tenho fé no amor. O amor entre namorados, casais, familiares e amigos. Faça o bem e receba o bem. Essa vida aqui nos proporciona algumas aflições, mas o amor precisa prevalecer.
 
Sorte de quem cultiva o amor.

sábado, 17 de novembro de 2012


- Nós já fomos apresentados antes, não lembras?
- Não. Quando foi isso?
- Há um ano atrás.
- Mas você tinha esses cabelos?
- Não, eles eram de outro modo.
- Ah, então pode ser verdade, porque agora eu jamais esqueceria esses cabelos.

domingo, 30 de setembro de 2012

Bem querer faz bem


Conversamos sobre sorrisos, feitiços e antigos amores. Atualmente, nossas conversas ainda refletem sorrisos e feitiços, entretanto, o único amor mencionado é o que estamos cultivando e construindo. E nossa, és um jardineiro-pedreiro de mão cheia, querido.
Os dias não são rotineiros ao teu lado. Você sempre traz uma novidade escondida no bolso, uma música no violão que me deixa anestesiada, ou uma piada maluca pra me arrancar gargalhadas. Sim, ando muito feliz por sermos “nós”.
Percebo o quanto me prezas e isso me causa um bem estar enorme. Quando estamos prestes a nos desentender, arranja um jeito rápido para que isso não se prolongue. Evita que o mal se estabeleça e roube nosso tempo. E olha que sou muito, muito teimosa. Mas isso você desdobra tão fácil que... Ah, às vezes não é pra ser tão fácil assim!
De qualquer forma, eu agradeço por cada momento ao teu lado, cada respiração, cada suspiro. Olho para seu rosto e adoro perder minhas mãos em seus cabelos. Não acredito que você me completa, nem vice-versa. Mas tenho certeza que me atribui muito. Que juntos somamos atos que nos diferenciam de forma positiva. Que bom que isso é real.
Não temos prazo de validade, longe disso. Creio que nossa durabilidade é indeterminável. No entanto, enquanto estivermos juntos espero proporcionar coisas boas a ti, e não más. “Que você seja meu bem, e não meu mal”.
Espere, falta uma coisa: é maravilhoso acordar, olhar para o lado, enxergá-lo e sacudi-lo dizendo “Bom dia, meu amor. Já está na hora!”.

domingo, 8 de julho de 2012

Chega de não


Está na hora de se permitir, se deixar levar. Vamos correr riscos, pular no abismo e comer manga com leite. Sim, vamos nos atirar! Sei que estava receosa, mas você me impulsiona. Sabe aquela vontade de cantar na frente de casa uma música do Reginaldo Rossi, com pessoas estranhas passando e te achando a maior louca-varrida-do-bairro? Tá bom, isso é mais minha cara do que sua. A questão é que você me passa uma segurança que não sei explicar. Gosto de me passar por ridícula (de um jeito engraçado) quando estou perto de ti. Gosto quando você fala coisas engraçadas só pra eu ouvir, e isso me arranca risos soltos. Até teu jeito desajeitado me encanta. A questão é que eu cansei de dizer não. E agora eu torço pelos seus acertos, ou alguns erros bobos. Eu tô aqui, tá bom?
E já sinto saudade.

domingo, 4 de março de 2012

Resoluções de Fevereiro


Há muito tempo, muito tempo mesmo, eu falo sobre mudanças. Mudanças em tudo. Mudança na minha alimentação, no meu modo de agir, na minha carreira e, sobretudo, na minha vida. O mês de Fevereiro foi repleto de mudanças. Algumas, no início, foram um tanto cruéis, mas depois eu entendi que aquilo era pouco comparado ao que podia acontecer se demorasse mais ainda. Outras já foram completamente satisfatórias. Contudo, posso afirmar que mudei muito em apenas um mês, e mudei para MELHOR.
Já estamos em Março e falta pouco mais de 30 dias (leia-se 5 de Abril) para eu completar 20 anos. Estou animadíssima! Engraçado, pois nunca fiquei empolgada com meu aniversário, sempre gostei de comemorar os aniversários dos meus amigos, mas o meu... Comer um hot-dog no dia já me deixava muito feliz. Enfim, acredito que essa mudança toda me afetou a gostar mais do meu aniversário. Que bom, me amar mais um pouquinho não fará mal a ninguém. Vou contar algumas coisas singulares que aconteceram em Fevereiro:
 Sonhei com meu avô, e isso dificilmente acontece. Interpretei o sonho ao modo João Bidu, e descobri que sempre que sonho com ele algo de bom me acontece. E eu me sinto mais protegida, também.
 Meu amigo da faculdade, John Clay, indicou-me para o jornal impresso que ele trabalha. Resultado: conversei com o dono do jornal e fui contratada. Atualmente, sou Repórter/Estagiária no Tribuna Amapaense. Tenho certeza que vou aprender muito e conseguir muitas oportunidades. Estou a menos de duas semanas e já possuo publicações. Estou muito feliz.
 Fui ver a Banda passar no carnaval, e fantasiei-me de bailarina. Foi muito divertido! (sei que isso é uma mudança razoável, mas foi a primeira vez que fiz algo do tipo).
 Conheci um dos jornalistas que eu mais admiro nessa profissão. Além de ser inteligente, extremamente simpático, e lindo (tenho que mencionar que ele é LINDO), foi algo que eu não esperava que acontecesse. Fiquei muito emocionada! Tadeu Schimdt esteja sempre à vontade para visitar Macapá. Foi maravilhoso falar com você!
 Recebi meu primeiro ordenado e fui fazer umas compras com o dinheiro que eu conquistei. Ninguém me deu, trabalhei por ele. Nossa, é uma sensação tão boa, um pouco inexplicável. Não sei, acho que estou orgulhosa de mim (risos).
 Essas foram as resoluções mais importantes de Fevereiro. Podem parecer poucas, mas fizeram muito bem a mim. Tenho metas a cumprir em Março, também. Não quero agarrar o mundo com os braços, possa que ele seja muito pesado e, inevitavelmente, desequilibro-me e caio, batendo o cóccix, isso pode me deixar paraplégica, não é? Não sobrecarregarei meus ombros, tenho bastante força, mas não vou abusar. Caminharei com calma, alterando passos lentos e rápidos. O mundo não está em minhas mãos, mas eu estou nas mãos do mundo.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Adios, muchacho!


                    
            E lá se foram os últimos retalhos de amor... Sim, eu tive que jogar tudo fora! Peguei fotos, textos, presentes e qualquer coisa que lembrasse o que restava de nós. Não, não fui imatura. Não, não fui desmiolada. Não, não fui apressada. Apenas percebi que tudo que mantínhamos era uma farsa, uma cilada – direcionada a mim. E não quis ficar com lembranças disso.
            Antes de apagar tudo, olhei cada coisinha, cada detalhe, li cada estrofe. Ironicamente, percebi que toda a encenação estava muito perto de mim, estava no meu computador. Juntei os cacos, pus os nomes aos bois e TCHARAN, lá estava toda a parafernália.
            Minha primeira reação foi me xingar, punir-me por ser basicamente conivente com a situação. Depois, minutos depois, pensei melhor: ”Por que diabos eu estou brigando comigo? Será que intimamente eu queria fazer mal a mim? Claro que não! Eu, antes de qualquer pessoa, me amo incondicionalmente. Jamais gostaria de ser trapaceada. Deixa de pensar besteira, manézona!”. E soltei um sorriso discreto, bobo.
            É injusto passar por situações constrangedoras que você nem procura, nem gosta de estar perto. Só que se for parar para analisar direito, perceberá que é um maldito círculo vicioso. As pessoas vão se envolvendo e acabam puxando outras que não tem nada a ver com a relação, e essas que foram fisgadas acabam puxando outras, e assim por diante... Mas isso é uma questão de caráter e bom senso, se inevitavelmente você foi fisgado, pode dar um basta, se quiser, é claro. Eu dei o meu.